As favelas são cidades. Em São Paulo, 3 milhões de pessoas vivem em
assentamentos precários. Em Mumbai, na Índia, são 8 milhões e em
Nairóbi, no Quênia, 2,5 milhões.
Por isso, “não são um corpo estranho,
apartado; ao contrário, são uma importante parte da cidade
contemporânea”.
Os números e a frase estão no manifesto de 11 pontos
sobre moradia informal feito para o projeto Jornada da Habitação
(chamado, em inglês, de São Paulo Calling).
Promovida pela Secretaria da Habitação da cidade de São Paulo (Sehab), a
jornada vai discutir, durante seis meses, as políticas de habitação
desenvolvidas na capital paulista e em outras cidades do mundo que
também enfrentam os desafios da moradia informal – cada uma a seu modo.
Será como um intercâmbio cultural e de experiências.
Segundo Lorenza Baroncelli, da equipe de curadoria – encabeçada pelo
italiano Stefano Boeri, editor chefe da revista Abitare – a ideia é
construir uma plataforma, uma metodologia para transformar a cidade.
O
projeto parte do princípio de que “para entender o assentamento
informal, é preciso vivenciá-lo”, diz Eliene Coelho, coordenadora do
Habisp (Sistema de informações paraHabitação Social na Cidade de São
Paulo).
Além de Mumbai e Nairóbi, participam Medellín (Colômbia), Bagdá
(Iraque) e cidades onde não parece caber a ideia que se tem de favela:
Roma (Itália) e Moscou (Rússia).
Fonte: Abril
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